No processo de Design Thinking, a entrevista é uma ferramenta amplamente utilizada para entender as necessidades e dores dos usuários, além de validar ideias. Este método é essencial para garantir que produtos ou serviços tenham uma boa aceitação no mercado, assegurando que haverá interesse na solução proposta. Embora pareça simples, validar ideias e compreender o cliente requer muita atenção e preparação.
Dialogar é algo comum no dia a dia, e por isso, pode ser uma forma econômica de validar hipóteses de negócios. No entanto, essa simplicidade pode levar os entrevistadores a se prepararem inadequadamente, negligenciando aspectos fundamentais de uma boa entrevista, o que pode resultar em resultados insatisfatórios.
No artigo anterior sobre Design Thinking e a arte de dialogar, discutimos dois tipos de entrevistas: exploração e validação, e fornecemos cinco boas práticas para realizá-las. Neste artigo, abordaremos os erros comuns ao conduzir entrevistas de maneira inadequada e como evitá-los.
Definir o público-alvo é crucial para explorar um território e validar uma ideia. Um erro comum é entrevistar pessoas próximas, como familiares e amigos, que podem fornecer direcionamentos imprecisos. Essas pessoas, além de não fazerem parte do público-alvo, podem ter preconceitos sobre o tema devido à proximidade com o entrevistador, além de uma tendência a concordar para agradar.
Não basta "trocar uma ideia". É fundamental saber o que se espera obter da conversa. A preparação é importante: criar hipóteses, priorizar questões-chave, definir as perguntas essenciais e formulá-las sem direcionar o cliente. Um bom roteiro ajuda a garantir que todos os pontos importantes sejam abordados.
Perguntas como "Você usaria...?", "Você poderia...?" e "Você pagaria...?" são armadilhas, especialmente em entrevistas de validação, pois geram respostas especulativas e menos confiáveis. Em vez disso, faça perguntas abertas que permitam descobrir os motivos por trás das ações dos clientes, como "Quais são os principais motivos para você não comprar este produto?"
O objetivo não é convencer o cliente de que sua ideia é boa, mas sim obter o feedback genuíno dele. Críticas e sugestões podem parecer negativas, mas são valiosas para identificar problemas antes de investir tempo e recursos na ideia.
Evite transformar uma pesquisa qualitativa em quantitativa. Entrevistas presenciais são oportunidades para explorar profundamente as percepções dos usuários. Perguntas abertas permitem obter respostas mais ricas e variadas. Em vez de "Você usa ventilador no verão?", pergunte "Como você se refresca no verão?"
Além de saber o que os entrevistados fazem, é crucial entender por que fazem. Perguntas que incentivem reflexões profundas ajudam a revelar motivações subjacentes. Por exemplo, "Por que você prefere locais mais arejados no verão?" pode revelar considerações sobre custo, saúde, crenças ou conveniências.
Baseie-se nas respostas concretas dos usuários, mas também observe a convicção e a emoção nas respostas. É importante separar observações de suposições. Se uma resposta parecer incerta, reaborde o tópico com uma pergunta diferente para garantir que a resposta reflita a realidade.
Os erros variam conforme a etapa do processo de inovação e o tipo de entrevista. Entender as consequências específicas de cada erro ajuda a evitar problemas. Respeitar cada etapa da entrevista e seus parâmetros é essencial para o sucesso.
Em resumo, a entrevista é vital para a inovação. Com uma escuta verdadeiramente ativa e empática, você estará mais preparado para realizar entrevistas eficazes e obter insights valiosos para seus projetos.
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