Nos últimos dez anos, o termo Design Thinking se tornou amplamente discutido e buscado no Brasil, especialmente no desenvolvimento de novos produtos, serviços e negócios. Houve um grande aumento de profissionais "design thinkers" no mercado de trabalho, o surgimento de inúmeros cursos, a publicação de dezenas de livros sobre a metodologia, o aparecimento de novas consultorias especializadas, e a incorporação desta abordagem por outras consultorias. Empresas, sempre em busca de novidades, investiram pesadamente em capacitação, recrutamento e projetos de Design Thinking.
Embora possa parecer recente, a ideia do Design como "forma de pensar" começou a se desenvolver em 1969 com o professor Herbert Simon, autor de "The Sciences of the Artificial". Em 1973, Robert McKim, professor de engenharia de Stanford, lançou "Experiences in Visual Thinking". Inspirado por essas obras, Rolf Faste, também da Escola de Design de Stanford, foi o primeiro a usar o termo Design Thinking como uma metodologia de processo criativo. Posteriormente, David Kelley adaptou a metodologia para o mundo dos negócios e fundou a IDEO, popularizando a expressão.
Apesar de sua longa trajetória, o Design Thinking só recentemente foi descoberto por muitos. Como toda novidade, foi adotado como uma tendência, muitas vezes sem a devida preparação para utilizá-lo efetivamente. É possível aplicar o Design Thinking em diversos setores industriais, de siderurgia a bens de consumo. As empresas, ávidas por inovação, querem crescer e surpreender seus clientes, mas muitas vezes terminam um projeto sem algo realmente novo e viável, enfrentando a inércia.
Conhecer profundamente os clientes é crucial, mas não é suficiente. É preciso criar algo novo. As sessões de ideação, com times multifuncionais, são lúdicas e motivadoras, resultando em ofertas inovadoras e viáveis. No entanto, transformar essas ideias em realidade é essencial. Muitos projetos acabam sendo apresentados apenas em slides de PowerPoint, celebrados por executivos, mas sem gerar retorno financeiro porque não são executados.
Empresas que entendem a importância de criar competências para executar o que foi planejado destacam-se. Um exemplo é a Mineração Jundu, joint venture do Grupo Saint-Gobain e SCR-SIBELCO. Atuando na mineração de areias especiais para diversos mercados, a Jundu decidiu explorar novos horizontes e entrou no mercado de areias esportivas. Utilizando Design Thinking, a equipe estudou as necessidades de atletas de esportes de areia e desenvolveu tipos específicos de areia, além de um modelo de negócio robusto.
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