O conceito de Lean Startup, introduzido por Eric Ries no livro “The Lean Startup”, baseia-se em sua experiência como empreendedor, consultor e criador de startups. Utilizando os princípios do Lean Manufacturing, Ries propôs um novo modelo de criação, focado na identificação e eliminação de desperdícios, amplamente adotado para acelerar empresas globalmente. Mas por que não aplicar esses conceitos aos projetos de inovação em grandes empresas?
A base da Lean Startup é validar ou descartar hipóteses sobre produtos ou mercados, enfatizando a velocidade e o custo. Quanto mais rápido e barato for o processo de renovação, maiores as chances de sucesso. Ao aplicar isso a projetos de inovação, a ideia principal é demonstrar o potencial do projeto, considerando os seguintes pontos:
Que problema ele resolve ou que oportunidade ele aborda?
Como o projeto funciona na prática?
Quem são os possíveis clientes e qual o tamanho do mercado?
O que os clientes valorizam e como o projeto atenderá a essas necessidades?
Com essas perguntas em mente, é crucial se aproximar do cliente ou usuário final para obter respostas claras. Nesta fase, elaborar hipóteses para validação em campo pode fornecer insights valiosos sobre o impacto do projeto para os clientes e consumidores.
Após identificar o público-alvo e entender o que eles mais valorizam, é possível estruturar melhor o projeto. Existem clientes não mapeados inicialmente? O projeto precisa de ajustes para se alinhar mais às necessidades dos clientes e usuários?
Validando a necessidade de mercado para o projeto, é essencial considerar as capabilities e recursos necessários para a implementação, identificando quais a empresa já possui internamente e quais precisarão ser desenvolvidas externamente. Nesse momento, é importante mostrar sinergia com os recursos e capabilities já existentes na empresa, aplicando-os a projetos inovadores.
O próximo passo crucial é planejar os investimentos e custos do projeto. Para aumentar a probabilidade de aprovação, deve-se criar um roadmap de implementação em ondas. Esse conceito demonstra o potencial do projeto ao longo do tempo e define o primeiro passo a ser dado. Os investimentos e custos iniciais devem focar no desenvolvimento de um protótipo ou MVP mais elaborado. Os aprendizados obtidos na primeira onda orientarão a implementação das etapas seguintes, garantindo maior assertividade.
Portanto, a primeira onda de implementação deve ser simplificada, considerada uma fase de teste da solução e aprendizado sobre o mercado e clientes. Assim, é possível pivotar o projeto, se necessário. Ao estruturar um protótipo ou MVP, o objetivo principal deve ser alcançar os seguintes resultados:
Por fim, a equipe estará mais preparada para responder às perguntas iniciais cruciais em projetos de inovação: Qual é o risco do projeto? Quem serão os clientes ou usuários reais da solução? O que os clientes valorizam? Como está o mercado? Com um plano claro das etapas a serem executadas, é possível fazer pequenos investimentos no projeto, sempre com um foco em aprendizado contínuo. Isso permitirá que, ao longo do tempo, o projeto responda aos principais questionamentos e reduza incertezas durante o processo.
Seguindo os princípios do Lean Startup, que enfatiza a construção de MVPs, coleta de feedback dos clientes e aprendizado contínuo, a tomada de decisão para investimentos em projetos de inovação será mais eficiente, gerando grandes resultados e impactos para a empresa.
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